Uma coisa que aprendi com Hekate é que jamais saberemos tudo sobre ela. Seja através das nossas experiências, seja através dos estudos (até porque muita coisa se perdeu, novas descobertas são publicadas anualmente e ainda tem o fator de interpretarmos sem sermos especialistas em muitos assuntos, mas sim do ponto de vista de um praticante). Ela me ensinou que é sempre importante lembrar que:

... tem coisas que sabemos que sabemos;

... tem coisas que sabemos que não sabemos;

... tem coisas que não sabemos que sabemos;

... e tem coisas que não sabemos que não sabemos.

Talvez essa última opção seja a mais "perigosa"? Acho que não é o caso para não confiar em si, mas sim de ter consciência de que jamais saberemos tudo. Já aconteceu comigo também (e ainda acontece, se eu não tomar cuidado), mas hoje me esforço para pensar que "só sei que nada sei". Fica a reflexão não só em relação aos estudos sobre Hekate, mas também para a vida. O que a gente sabe (e jamais terá a capacidade de saber) é um grão de areia. Esse grão de areia já é muita coisa (para nós), mas não podemos nos iludir achando que tudo se resume a isso. O conselho final é: não se feche em suas convicções sobre Hekate, por mais que isso pareça confortável. A deusa pode fazer questão de te surpreender (falo por experiência própria). Nos abrir para a incerteza é doloroso, mas ao mesmo tempo é libertador. Agradeço a deusa por isso.